Mata Atlântica
No RS restam apenas 7,5% de áreas remanescentes de Mata Atlântica, com alto grau de fragmentação em relação a cobertura original
Os domínios da Mata Atlântica se estendem originalmente por toda a faixa continental leste brasileira e em direção ao interior no sudeste e sul do país, em uma área de 1.110.182 km². É considerada Patrimônio Nacional pela Constituição Federal e apresenta uma biodiversidade oito vezes maior do que a da Amazônia, constituindo-se em refúgio para inúmeras espécies endêmicas de fauna e flora, incluindo espécies ameaçadas de extinção. É de extrema importância para a conservação dos recursos hídricos e para o equilíbrio climático da área mais povoada do país.
No território gaúcho, atualmente, restam somente 7,5% de áreas remanescentes de Mata Atlântica, com alto grau de fragmentação em relação a sua cobertura vegetal original. A presença predominante de vegetação florestal dá suporte, no RS, a diversos ecossistemas como, por exemplo, as Matas de Araucária, Matas Estacionais Deciduais e Semi-Deciduais em relevo diversificado.
Em 1992, integrando-se aos esforços nacionais para a conservação dos seus remanescentes, o Governo do Estado do RS efetuou o tombamento da Mata Atlântica e seus ecossistemas associados. A área remanescente do Bioma, de 2.931.900 ha, também reconhecida pela UNESCO em 1993 como Reserva da Biosfera da Mata Atlântica,corresponde a 17% do território gaúcho e difere um pouco da área oficial do Bioma, incluindo porções de toda a extensa faixa litorânea e lagunar gaúcha. Atualmente, diversas iniciativas de conservação e recuperação estão sendo implementadas no estado. Mais recentemente, o RS através da SEMA, aderiu ao Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, formado por representantes de diferentes segmentos como instituições de governo, organizações ambientalistas, associações, empresas e proprietários rurais. O Pacto objetiva a conservação da biodiversidade e demais atributos da Mata Atlântica como a criação e implantação de Unidades de Conservação, de mosaicos e corredores, a promoção do uso sustentável dos recursos naturais, a eficácia de instrumentos de fiscalização e controle, políticas de pagamento por serviços ambientais e a averbação de Reservas Legais (RL) e de áreas de Preservação Permanente (APP).