Estabelecimentos e empregados na Indústria
A indústria de transformação do Rio Grande do Sul ocupa a quinta posição entre os Estados no número de empregados
Os segmentos industriais do Rio Grande do Sul apresentam uma distribuição espacial bem definida e consolidada. Os arranjos industriais do Estado se caracterizam por apresentar boa articulação interna, como por exemplo, nos segmentos metal-mecânico, moveleiro e coureiro-calçadista na região da Serra e Vale dos Sinos; fumageiro na região de Santa Cruz do Sul; e petroquímico na RMPA, com destaque para os municípios de Canoas e Triunfo.
De outro lado, outros segmentos apresentam grande dispersão pelo território, como é o caso da indústria de produtos alimentares e de confecção de artigos do vestuário e acessórios. Há também uma tendência de consolidação do eixo industrial que extrapola o eixo Porto Alegre-Caxias do Sul, seguindo em direção norte-noroeste, passando por Passo Fundo e Erechim, Ijuí, Santa Rosa, Panambi e Horizontina, caracterizado pela presença de unidades industriais em arranjos produtivos diversos, com destaque para os segmentos ligados à indústria metal-mecânica, principalmente do ramo de implementos agrícolas.
Assim, a Indústria de Transformação do Rio Grande do Sul apresenta elevada diversificação e se desenvolveu a partir de atividades ligadas às agroindústrias e outros segmentos originados do setor primário. Os principais segmentos são os de metal-mecânica, material de transporte, química, mobiliário e calçados, todos com vínculos com o mercado externo.
Em 2022, a Indústria de Transformação do Rio Grande do Sul ocupava a quarta posição no parque nacional, depois de São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina no que diz respeito ao número de estabelecimentos, e a quinta posição quanto ao número de postos de trabalho, depois de São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina e Paraná.
Observa-se, tanto no Rio Grande do Sul quanto no Brasil, uma diminuição da participação do emprego da Indústria de Transformação entre 2012 e 2019, o que indica uma tendência mais longa de desindustrialização da economia brasileira. No Rio Grande do Sul, a participação era de 23,68%no primeiro ano dessa série histórica, alcançando 21,52% em 2019. Em 2020, essa participação volta a aumentar, alcançando 22,61% ao final da série histórica.
De acordo com a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho e Emprego, em 2022, no Rio Grande do Sul, a Indústria Extrativa Mineral contava com 652estabelecimentos e 5.881 empregados; a Indústria de Transformação possuía 37.978 estabelecimentos e 701.493 empregados; e a Construção Civil com 19.021 estabelecimentos e123.682 empregados.
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego/RAIS
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego/RAIS 2012-2022
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego/RAIS 2022
* estabelecimentos com vínculos empregatícios (exceto RAIS negativa)
**vínculos empregatícios em 31/12/22