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Granizos

Entre 1991 e 2024, o Rio Grande do Sul teve o maior número de ocorrências de desastres causados por granizos entre os estados

Segundo a Classificação e Codificação Brasileira de Desastres (COBRADE), o granizo é definido como a “precipitação de pedaços irregulares de gelo”. Ocorrências de granizo são caracterizadas por precipitação de pedras de gelo de diâmetro igual ou superior a 0,5 cm (VAREJÃO SILVA, 2001 apud CEPED/UFSC, 2013). O granizo produz impacto meteórico e é considerado um desastre natural relacionado com tempestades. A precipitação de granizos ocorre, em geral, durante os temporais. Na maior parte das vezes, o granizo se forma em nuvens cumulonimbus caracterizadas por um grande desenvolvimento vertical.

No Brasil, no período 1991-2024, foram registradas 2.095 ocorrências de desastres causados por granizos. O Rio Grande do Sul foi responsável por 31,6% dessas ocorrências. Também se destacam, principalmente, Santa Catarina e Paraná.

Em relação aos danos humanos causados por granizos, o Brasil teve, no mesmo período, um total de 374.616 atingidos. O Rio Grande do Sul foi responsável por 24,2% desse total, atrás apenas do Paraná.

O mês em que os desastres causados por granizos mais ocorreram, no Rio Grande do Sul, foi outubro. Também houve grande número de ocorrências em setembro. Por sua vez, os danos humanos ocorreram, principalmente, em 2015, seguido pelos anos de 2007, 2013 e 2011.

No Rio Grande do Sul, as ocorrências foram bem distribuídas no território, com liderança de Santa Cruz do Sul, Sobradinho e Vacaria. Em relação aos danos humanos, destacaram-se Canoas e São Jerônimo, responsáveis, conjuntamente, por 36,4% do total de atingidos.

Meses das ocorrências de granizo no RS (1991-2024)*
grafico meses ocorrencias granizos rs 1991 2024

* Para 2024, foram considerados os dados até 24 de junho.

Fonte: MDR - Atlas Digital de Desastres no Brasil

Danos humanos causados por granizos no RS (1991-2024)*
grafico anos dh granizos rs 1991 2024 V2

* Para 2024, foram considerados os dados até 24 de junho. Como danos humanos, foram considerados: mortos, feridos, enfermos, desalojados, desabrigados e desaparecidos.

Fonte: MDR - Atlas Digital de Desastres no Brasil

Referências

CEPED/UFSC. Atlas brasileiro de desastres naturais: 1991-2012. Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres. 2ª. Ed. Florianópolis. 2013.

VAREJÃO SILVA, M. A. Meteorologia e climatologia. Brasília: INMET, 2001.

Atlas Socioeconômico do Rio Grande do Sul