Governo do Estado do Rio Grande do Sul
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Agropecuária (1920-1980)

Entre 1920 e 1980, a mão de obra da agropecuária estava concentrada no norte e no sudeste do Estado

Entre 1920 e 1980, o Rio Grande do Sul apresentou maiores percentuais de mão de obra empregada na agropecuária nos municípios do norte e do sudeste. Ao longo deste período, o percentual médio para o Estado diminuiu consideravelmente. No Censo de 1920, na classificação empregados em exploração do solo, que incluía a agricultura, a criação, a caça e a pesca, se destacavam os municípios de Passo Fundo com 15.795 empregados, Cachoeira do Sul com 11.925 e Soledade com 11.617.

No ano de 1960, a média da População Economicamente Ativa (PEA) empregada na agropecuária era de 54,82%. O município de Constantina apresentava o maior percentual (94,66%), seguido por Nonoai (94,08%) e Seberi (93,40%), todos no norte do Estado. Em 1970, a média do Estado já era de 46,04% e Liberato Salzano apresentava o maior percentual entre os municípios (95,89%), seguido por David Canabarro (93,92%) e Itatiba do Sul (92,95%). Em 1980, a média do Estado reduziu para 28,19% da PEA empregada na agropecuária, destacando-se nos mais altos percentuais os municípios de Palmitinho (87,42%), Liberato Salzano (87,19%) e Itatiba do Sul (86,93%).

No que se refere ao valor da produção da lavoura, no período entre 1940 e 1980, os municípios do norte do Estado apresentaram maior participação, embora alguns municípios do sul tenham se destacado no final do período. Em 1940, desde quando os dados de valor da produção estão disponíveis, se destacaram os municípios de Cachoeira (atual Cachoeira do Sul, com Cr$ 30.111); Palmeira (atual Palmeira das Missões, com Cr$ 28,178) e José Bonifácio (atual Erechim, com Cr$ 24.795). Em 1950, os municípios de Santa Rosa (Cr$ 480.406), Erechim (Cr$ 234.444) e Três Passos (Cr$ 221.318) apresentavam os maiores valores.

Já a participação dos municípios no valor da produção da lavoura total do Estado, em 1960, foi de 3,02% para Cachoeira do Sul, 2,45% para Pelotas e 2,42% para Santa Cruz. Em 1970 se destacaram os municípios de Santo Ângelo (2,31%), São Borja (2,29%) e Palmeira das Missões (2,13%). No final do período, em 1980, Uruguaiana possuía o maior percentual (2,27%), seguido por Santa Vitória do Palmar (2,09%) e São Borja (2,05%). É importante registrar que os valores da produção agrícola estão sujeitos a grandes variações motivadas por fenômenos climáticos e pela conjuntura econômica internacional.

Entre 1940 e 1980, a produção pecuária apresentou os maiores valores na fronteira oeste, embora alguns municípios do norte do Estado tenham também se destacado especialmente no início do período. Em 1940, os municípios com maiores valores da produção pecuária eram Uruguaiana (Cr$ 33.553), Bagé (Cr$ 33.167) e Alegrete (Cr$ 28.240). Em 1950, os municípios com maiores valores eram Santa Rosa (Cr$ 158.667), Erechim (Cr$ 112.444) e Três Passos (Cr$ 100.594). No que se refere à participação dos municípios na produção pecuária do Estado, a partir de 1960, Bagé apresentou a maior participação (3,05%), seguido por Santana do Livramento (2,88%) e Uruguaiana (2,43%). Em 1970, os municípios de destaque foram Alegrete (2,78%), Uruguaiana (2,53%) e Santana do Livramento (2,46%). Em 1980, destacaram-se os municípios de Santana do Livramento (2,45%), Alegrete (2,30%) e Bagé (2,25%).

Atlas Socioeconômico do Rio Grande do Sul