Os biomas são definidos pelo IBGE como um conjunto de tipos de vegetação, identificável em escala regional, com suas flora e fauna associadas. Cada um deles é dotado de diversidade biológica singular e definido pelas condições físicas predominantes, sejam climáticas, litológicas, geomorfológicas, pedológicas, assim como uma história evolutiva compartilhada.  No mapa “Biomas e sistema costeiro-marinho do Brasil”, publicado pelo IBGE, são representados seis biomas continentais (Amazônia, Mata Atlântica, Caatinga, Cerrado, Pantanal e Pampa) e o Sistema Costeiro-Marinho, que foi delimitado considerando as porções continental e marítima. Tal nomenclatura leva em conta as denominações mais usuais e populares, ligadas à fitogeografia brasileira.

O de maior extensão é a Amazônia, que ocupa 49,5% do território nacional, seguido pelo Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Pampa e Pantanal, este último abrangendo 1,8% do País. A porção continental do Sistema Costeiro-Marinho, por sua vez, ocupa 1,7% do território, superpondo-se aos biomas.

O Rio Grande do Sul tem 193.836 km² do seu território ocupado pelo Bioma Pampa, já o Bioma Mata Atlântica abrange 87.871 km² e a área ocupada pelo Sistema Costeiro-Marinho é de 36.266 km².

O Bioma Pampa, cuja ocorrência no Brasil é restrita ao Rio Grande do Sul, recobre a metade meridional do estado se estendendo por 68,8% do território gaúcho. Define-se por um conjunto de vegetação de campo em relevo predominante de planície que se estende também pelo Uruguai e Argentina e é marcado pela presença de grande diversidade de fauna e flora ainda pouco conhecida.A expansão agrícola representa importante fator de pressão sobre os remanescentes da vegetação nativa do Bioma, onde predominam campos nativos e matas de galeria com significativa diversidade de fauna e flora.

Já o domínio do bioma Mata Atlântica, que pode ser definido pela presença predominante de vegetação florestal, se estende por aproximadamente 31% do território gaúcho. A proporção de áreas naturais da Mata Atlântica é preocupante, atualmente contamos no RS com apenas 7,9% de áreas remanescentes com alto grau de fragmentação em relação à cobertura vegetal original.

*parte continental, superposta aos biomas
Fonte: IBGE. Biomas e Sistema Costeiro-Marinho do Brasil. 2019 (1:250.000)