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Dutovias

O RS conta com sistemas de gasodutos e oleodutos

O transporte dutoviário no Rio Grande do Sul é feito por gasodutos e oleodutos, para cargas de gás natural e petróleo e derivados. A maior parte do gás natural consumido na Região Sul do Brasil provém da Bolívia. O abastecimento do produto no país é de responsabilidade da empresa Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG) desde 1999. O Gasoduto Bolívia-Brasil conta com 2,6 mil quilômetros de dutovias no lado brasileiro, que atravessam os estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

A rede de gasodutos chega ao Rio Grande do Sul pelo nordeste do Estado, sendo que o ramal principal passa por 14 municípios: São José dos Ausentes, Cambará do Sul, Jaquirana, São Francisco de Paula, Taquara, Igrejinha, Parobé, Nova Hartz, Araricá, Sapiranga, Novo Hamburgo, Gravataí, Cachoeirinha e Canoas. Daí derivam as tubulações secundárias de distribuição que abastecem principalmente os municípios das regiões metropolitanas de Porto Alegre e da Serra Gaúcha. A distribuição e comercialização do gás natural canalizado é feita pela Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (SULGÁS), cuja rede de distribuição abrange 1,5 mil quilômetros em 38municípios, atendendo cerca de 88,5 mil clientes dos ramos industrial, comercial, residencial e do segmento veicular através dos postos com GNV, segundo dados de 2023.

Evolução do consumo médio de gás natural distribuído pela SULGÁS (2010-2022)

Fonte: Secretaria Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (SNPGB), Ministério de Minas e Energia (MME)

Outro sistema dutoviário importante no Rio Grande do Sul é composto pelos oleodutos que conectam o Terminal Marítimo Almirante Soares Dutra (TEDUT), em Osório, à Refinaria Alberto Pasqualini (REFAP), em Canoas, instalações administradas pela Transpetro¹ e pela Petrobras, respectivamente. Este oleoduto, denominado Oscan (Osório-Canoas), transporta petróleo e derivados descarregados de navios no TEDUT, terminal oceânico instalado em mar aberto próximo à costa de Tramandaí, abastecendo basicamente a REFAP e a petroquímica Braskem, localizada no Polo Petroquímico do Sul, em Triunfo. A REFAP é conectada por oleodutos ao polo de Triunfo e também ao Terminal de Niterói (TENIT), outra instalação da Transpetro em Canoas, às margens do rio Gravataí, de onde as embarcações podem seguir pela hidrovia do lago Guaíba. Os produtos processados na REFAP na forma de diesel, gasolina, GLP, óleo combustível, querosene de aviação, solventes, asfalto e outros, são comercializados e distribuídos localmente ou transportados, por via hidroviária, desde o TENIT até o Terminal Aquaviário de Rio Grande (TERIG), também administrado pela Transpetro. Os navios petroleiros que chegam ao Porto do Rio Grande descarregam a carga por meio de um oleoduto de aproximadamente 4 quilômetros, que conecta o TERIG à Refinaria de Petróleo Riograndense². Os produtos desta refinaria são comercializados através dos modais rodoviário, ferroviário e marítimo.

¹ A Transpetro é uma empresa controlada pela Petrobras, que realiza o armazenamento e a movimentação de petróleo e derivados, gás natural e biocombustíveis, administrando oleodutos e terminais terrestres e aquaviários.

² A Refinaria de Petróleo Riograndense é uma empresa controlada pelas empresas Petrobras, Ultrapar e Braskem.

Atlas Socioeconômico do Rio Grande do Sul