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Chuvas intensas

A maior parte das pessoas afetadas no período 2017-2021 era residente dos municípios do COREDE Fronteira Oeste

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Segundo a Classificação e Codificação Brasileira de Desastres (COBRADE), as chuvas intensas são “chuvas que ocorrem com acumulados significativos, causando múltiplos desastres (ex: inundações, movimentos de massa, enxurradas, etc.)”.

Devido ao fato de esse tipo de evento ser o deflagrador de outros, há um baixo número de registros de chuvas intensas e maior desses outros tipos de eventos (BRASIL, 2014). No Rio Grande do Sul, no período 2003-2021, foram reconhecidas 157 ocorrências de chuvas intensas.

Em relação à distribuição mensal dos reconhecimentos, observa-se que, entre 2017 e 2021, o maior número de ocorrências ocorreu nos meses de junho, com 24 reconhecimentos, e janeiro, com 14 reconhecimentos, das 64 ocorrências reconhecidas de chuva intensa ocorridas no período no Rio Grande do Sul.

No que diz respeito à configuração territorial das ocorrências de chuva intensa do período 2003-2021, verifica-se que a maior parte delas ocorreu nos COREDEs Sul, Fronteira Oeste, Missões, Campanha, Vale do Rio Pardo e Centro-Sul. Entre os municípios, destaca-se Cristal (COREDE Centro-Sul, 6 registros), Pedras Altas (COREDE Sul, 5 registros) e Trindade do Sul (COREDE Médio Alto Uruguai, 4 registros).

Em relação ao número de afetados[1] por ocorrências de chuva intensa, identifica-se que, no período 2017-2021, 8.428pessoas dos 9.705 atingidos eram residentes dos municípios do COREDE Fronteira Oeste. A seguir, estavam os COREDEs: Campanha, com 294; Missões, com 274; e Centro-Sul, com 214.

A maior parte das pessoas afetadas no período 2017-2021 estava localizada no município de Alegrete, com 5.529 atingidos, seguido por São Gabriel, com 1.309. Rosário do Sul, com 842, e Quaraí, com 570, também se destacavam. Enfatiza-se um registro de chuva intensa em Alegrete, do dia 10/01/2019, em que ocorreram 2 mortes, 1.170 desabrigados e 4.357 desalojados[2]. Em Rosário do Sul, o mesmo evento, com registro em 11/01/2019, teve 168 desabrigados e 479 desalojados.

[1] Considerando-se mortos, feridos, enfermos, desabrigados, desalojados e desaparecidos.

[2] Os desabrigados necessitam de abrigos públicos para serem alojados, enquanto os desalojados podem ser abrigados em casas de amigos ou parentes.

Reconhecimento anual de ocorrências de chuvas intensas, no Rio Grande do Sul, no período 2003 a 2021*
* Até 2016, foi considerada a data da publicação no Diário Oficial da União. De 2017 em diante, a data do registro. Fonte: S2iD/MDR.

Reconhecimento mensal de ocorrências de chuvas intensas, no Rio Grande do Sul, no período 2017 a 2021*

* Considerada a data do registro da ocorrência.
Fonte: S2iD/MDR.

Número de afetados por eventos de chuvas intensas, por COREDE, no período 2017-2021*

* Foram considerados: mortos; feridos; enfermos; desabrigados; desalojados; e desaparecidos dos COREDEs que apresentavam valores acima de zero.
Fonte: S2iD/MDR

Atlas Socioeconômico do Rio Grande do Sul