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COVID-19 – Casos e Óbitos

Entre 2020 e 2021, houve mais de 1,5 milhão de casos de COVID-19 no RS

Publicação:

A COVID-19 é uma infecção respiratória aguda causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, potencialmente grave, de elevada transmissibilidade e de distribuição global. Foi relatada primeiramente na China, em 2019, e em janeiro de 2020, a Organização Mundial da Saúde – OMS declarou, primeiramente, conforme previsto no Regulamento Sanitário, que o surto do coronavírus constituiu-se em uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) – o mais alto nível de alerta. A ESPII é considerada, nos termos do Regulamento “um evento extraordinário que pode constituir um risco de saúde pública para outros países devido à disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma resposta internacional coordenada e imediata”. Em seguida, a OMS, caracterizou a COVID-19 como uma pandemia.¹

Segundo dados da OMS, em 2020, foram notificados 79,2 milhões de casos no mundo e 7,5 milhões no Brasil. Já em 2021, foram 204,2 milhões no mundo e 14,7 milhões no Brasil. No Rio Grande do Sul, o primeiro caso da doença foi divulgado no dia 10 de março de 2020. Desde então, o número de casos foi se acumulando, ainda que com variações na intensidade ao longo dos meses, chegando a um total de 516.666 em 2020 e 994.648 em 2021².

Em março de 2020, o número de casos já havia alcançado 5.717 no Brasil e estava concentrado, principalmente, no Rio de Janeiro e São Paulo. O Ceará e o Distrito Federal apareciam na sequência. O Rio Grande do Sul era apenas o sexto estado no número de casos. Os casos do estado (431) se concentraram predominantemente no município de Porto Alegre. Caxias do Sul e Bagé também apresentavam números mais elevados, não chegando, porém, na mesma proporção da capital do estado. Nesse mês, o número de municípios com casos confirmados da doença chegou a 73. Quatro COREDES ainda não apresentavam casos: Alto Jacuí, Campos de Cima da Serra, Celeiro, Missões, Noroeste Colonial e Vale do Caí.

Os meses de abril e maio de 2020 marcam um avanço na difusão do vírus. Em nível nacional, após São Paulo e Rio de Janeiro, Ceará, Amazonas, Pará, Maranhão e Pernambuco passam a se destacar no número de casos. No Rio Grande do Sul, municípios como Lajeado, Passo Fundo, Marau e Bento Gonçalves concentravam boa parte dos casos. Tal como aponta o mapa, o município de Lajeado fora aquele com o maior número de casos confirmados da doença em maio de 2020 (1.174). Nesse período, foram comuns surtos de casos da doença entre os trabalhadores dos frigoríficos desses municípios, o que pode explicar, ao menos em parte, essa concentração de casos.

Em nível nacional, a partir de agosto de 2020, começa a se configurar um eixo, da Bahia ao Rio Grande do Sul, marcado pelos maiores números de casos, até por apresentarem as maiores concentrações populacionais. No Rio Grande do Sul, a partir de junho de 2020, os casos passam a se concentrar especialmente nos COREDES Metropolitano Delta do Jacuí, Vale do Rio dos Sinos e Serra.

Porto Alegre se mantém como o município com mais casos confirmados em cada um dos meses, seguido, na maioria das vezes, por municípios como Caxias do Sul, Canoas, Pelotas, Passo Fundo, Novo Hamburgo, São Leopoldo e Santa Maria. Nota-se que os municípios com os maiores números de casos são também aqueles com as maiores populações. É essa configuração que se apresenta em março de 2021, mês que apresentou o maior número de casos no biênio 2020-2021, com a liderança de Porto Alegre, Caxias do Sul e Canoas.

A primeira morte causada pelo novo coronavírus ocorreu em 2 de janeiro de 2020 em Wuhan na China, mesma cidade onde o vírus foi identificado pela primeira vez. No Brasil, o primeiro óbito pela doença, segundo Ministério da Saúde, ocorreu em 12 de março no estado de São Paulo. No Rio Grande do Sul, o primeiro óbito ocorreu no dia 25 de março. De um modo geral, a difusão de óbitos acompanha a propagação dos casos.

Em abril de 2020, após São Paulo e Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará e Amazonas apresentavam o maior número de óbitos. É também a partir de agosto de 2020 que se apresenta o mesmo eixo, da Bahia ao Rio Grande do Sul, com os maiores números de óbitos.   

No Rio Grande do Sul, também em abril de 2020, observa-se uma tendência dos óbitos de se concentrarem especialmente nos municípios de Passo Fundo, Porto Alegre, Lajeado, Bento Gonçalves e Venâncio Aires e municípios adjacentes. Já em julho de 2020 se nota que todos os COREDES apresentam, no mínimo, um óbito confirmado. A concentração se dá principalmente na Região Metropolitana de Porto Alegre.

Março de 2021 foi o mês com o maior número de óbitos confirmados da doença no estado do Rio Grande do Sul, chegando a mais de 8.000 mortes, segundo os dados da Secretaria Estadual de Saúde- SES-RS. No Brasil, o maior número de óbitos ocorreu em abril do mesmo ano, segundo os dados do Ministério da Saúde³.

¹Folha informativa sobre COVID-19/Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS)

²Dados da SES/RS - Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul

³ No entanto, no caso do Rio Grande do Sul, consideramos a data de confirmação do caso, segundo a SES-RS, enquanto para Brasil, consideramos o campo Data nos dados do Ministério da Saúde.

Evolução do número de casos* mensais de COVID-19 no Brasil - 2020-2021


Fonte: Ministério da Saúde
* Foi considerado o campo Data nos dados do Ministério da Saúde (https://covid.saude.gov.br/).

Evolução do número de casos confirmados* mensais de COVID-19 no RS - 2020-2021

Fonte: SES/RS
*Foi considerada a data de confirmação do caso em https://ti.saude.rs.gov.br/covid19/api.

Evolução do número de óbitos* mensais de COVID-19 no Brasil - 2020-2021


Fonte: Ministério da Saúde
* Foi considerado o campo Data nos dados do Ministério da Saúde (https://covid.saude.gov.br/).

Evolução do número de óbitos confirmados* mensais de COVID-19 no RS - 2020-2021


Fonte: SES/RS
* Considerada a data de confirmação do caso em https://ti.saude.rs.gov.br/covid19/api.

Atlas Socioeconômico do Rio Grande do Sul